Mesmo com dois pedidos de CPI, 11 vereadores ‘lavam as mãos’ para problemas nos ônibus

Mesmo com dois pedidos de CPI, 11 vereadores ‘lavam as mãos’ para problemas nos ônibus

Apesar de dois pedidos de abertura de CPI para investigar o Consórcio Guaicurus, quase metade dos vereadores da Câmara Municipal de Campo Grande prefere ‘lavar as mãos’ e ignorar os apelos da população a respeito do serviço ruim prestado no transporte coletivo da Capital. Mesmo superando o mínimo de apoio necessário, 11 parlamentares preferem não se envolver com a causa. O primeiro requerimento foi apresentado pelo vereador Junior Coringa (MDB) e alcançou 13 assinaturas. O pedido mais recente foi feito pelo presidente da Comissão de Transporte e Trânsito, Lívio Viana de Oliveira Leite, o Dr. Lívio (União), e possui 15 adesões. Dr. Lívio propõe CPI e deve roubar protagonismo de Coringa para investigar Consórcio Guaicurus Raridade na Câmara, CPI levou a cassação de Bernal e a última abriu caixa-preta do táxi Após polêmica com advogado de consórcio, procurador pede tempo para parecer sobre CPI A CPI do Transporte Coletivo, proposta por Lívio, pretende apurar o descumprimento do contrato pelo grupo formado por quatro empresas de ônibus urbano – Viação Cidade Morena, São Francisco, Jaguar e Campo Grande – e as cláusulas do TAG (Termo de Ajustamento de Gestão) firmado com o Tribunal de Contas do Estado. Ao mirar para os órgãos municipais, como Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) e Agereg (Agência Municipal de Regulação), a nova CPI, que deve ter parecer favorável da procurador-geral da Câmara, Luiz Gustavo Martins Araújo Lazzari, pode respingar na gestão de Adriane Lopes (PP), já chamuscada com a morosidade na tomada de decisões da progressista e na crise financeira. Diante disso, a maioria dos vereadores que não assinaram os dois requerimentos fazem parte da base da prefeita no Legislativo, formada por parlamentares do PP e do Avante. Apenas Maicon Nogueira (PP) e Wilson Lands (Avante) furaram a bolha do grupo ao assinar o requerimento proposto por Junior Coringa, mas não o de Lívio. A mesma postura foi adotada pelo Veterinário Francisco (União). Entre os parlamentares que não apoiam qualquer investigação estão políticos experientes, como o ex-prefeito Marquinhos Trad (PDT), o ex-presidente da Câmara Municipal, Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB), o ex-secretário municipal de Saúde, Jamal Salem, o Dr. Jamal (MDB), o ex-líder da prefeita, Beto Avelar (PP), o ex-deputado estadual Herculano Borges (Republicanos), o veterano Otávio Trad (PSD) e Delei Pinheiro (PP). Neófito na política, Leinha (Avante) estreia no legislativo dando as costas para as queixas dos usuários do transporte coletivo em favor da prefeita Adriane. A lista dos que ‘lavam as mãos’ para os que dependem do transporte público ainda inclui os vereadores Professor Juari (PSDB) e Professor Riverton (PP). O atual presidente da Câmara, Papy (PSDB), não assinou qualquer requerimento e já demonstrou o desejo de que a instalação de uma CPI fosse deixada para o segundo semestre. Até esta quarta-feira, a CPI é deixada de lado por 11 vereadores: Beto Avelar (PP) Carlão (PSB) Delei Pinheiro (PP) Dr. Jamal (MDB) Herculano Borges (Republicanos) Leinha (Avante) Marquinhos Trad (PDT) Otávio Trad (PSD) Papy (PSDB) Professor Juari (PSDB) Professor Riverton (PP)